É cada vez mais comum ouvir relatos sobre as chamadas “dificuldades de sono”, que têm implicações profundas na qualidade de vida e no rendimento das pessoas que sofrem com essas questões. Muitas podem ser as razões que afetam a qualidade do sono, entre elas estresse, comorbidades, sedentarismo, níveis altos de uso de telas, entre tantos outros. Porém, o que nem todos sabem é que o conforto térmico do ambiente onde a pessoa dorme também está diretamente relacionado à qualidade do sono.
A ASHRAE define conforto térmico como “aquele estado de espírito que expressa satisfação com o ambiente térmico”, mas nem sempre se considera que, durante os períodos de sono, os indivíduos têm necessidades térmicas distintas das que têm quando estão em lazer ou descanso. Isso ocorre porque, entre outros fatores, o calor metabólico é menor durante o sono em comparação com quando estão acordados. Assim, as necessidades de controle de temperatura e ventilação são diferentes.
É importante considerar que, além do conforto térmico dos dormitórios, deve-se avaliar o “microclima” dentro desses espaços, que envolve a cama dos indivíduos, as diferentes roupas utilizadas para dormir, roupas de cama, o uso ou não de cobertores (e de quais tipos), entre outros fatores.
Estudos indicam que é necessário investir cada vez mais no conforto térmico dos dormitórios, com especial ênfase na ventilação desses espaços, já que a temperatura do “microclima” do quarto pode ser controlada pelos próprios ocupantes, fazendo escolhas conscientes quanto às roupas utilizadas para dormir, roupas de cama, cobertores, entre outros. Além disso, estudos apontam que a QAI (qualidade do ar interno) interfere diretamente na qualidade do sono e na saúde dos indivíduos.
A ventilação ou renovação de ar desses espaços considera, especialmente, o controle das taxas de CO₂, que podem subir exponencialmente ao longo da noite em quartos com baixas taxas de troca de ar. O aumento das taxas de CO₂, a presença de poluentes como alérgenos e até mesmo odores interferem na sensação dos ocupantes. Estudos mostram que a qualidade do ar interno tem um impacto profundo na qualidade do sono.
Na maioria dos países, não há padrões ou diretrizes específicos para a QAI de dormitórios, mas cada vez mais surgem estudos que relacionam a qualidade do sono a essas questões. Assim, os sistemas de ar condicionado (HVAC), seus controles e parâmetros devem ser constantemente aperfeiçoados com base nos resultados dessas pesquisas sobre conforto térmico e ventilação nos quartos.
A SMACNA está sempre atenta às principais tendências do setor de HVAC, trazendo soluções eficientes que prezam pela qualidade de vida e saúde dos usuários. Conte sempre com as empresas associadas à SMACNA.
Fonte: ASHRAE
Autor: Ariel Gandelman
Revisão Técnica: Comitê de Artigos Técnicos SMACNA Brasil
Revisão de Texto: Ana Del Mar